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quinta-feira, março 17, 2005
Cultura
Hoje à noite vou enculturar-me. Näo, näo é enclausurar-me com uma fera duma mulher nem fazer culturismo para ficar mais largo de ombros, quase tanto como o White Castle. Näo tem nada a ver. Assim como o título de hoje tem a ver com o texto que se segue. Ou se calhar näo tem, isso deixo à interpretaçäo de outros.
Okaye. Entäo hoje vou ao ballett... Desde que fui ao primeiro espetáculo que gostei imenso de os ver, especialmente aqueles mais modernos, com altas coreografias e näo sei quë... E porquë? Porque, e para as mentes mais lineares, sim, porque dá para ver as raparigas muitas vezes em trajes menores a contorcerem-se todas, mas para isso, meus caros/as, ia a uma casa de strip e sempre bebia um champagne... Ou näo... Porque o ballett fascina-me... Tanta firmeza e no entanto tanta elegäncia... E faz-me impressäo como conseguem aqueles saltos todos catitas... Se fosse comigo, ou as minhas pernas se separavam e eram projectadas para cada canto da sala ou entäo esmagava-me na aterragem. E as pontas? As minhas unhas até chegavam ao meu estômago só da pressäo exercida sobre ellas... Enfim...
Mas näo foi de ballett que eu vim aqui escrever. É sobre cultura.
Diz-se que a cultura é desprezada pelos governantes. Ora näo posso discordar mais. A cultura é apoiada. Näo säo todos os contemplados, é óbvio que näo podem ser. Mas reparem: fizeram um monstro na Boavista a que chamaram Casa da Música para ser uma casa da música (desconfio que o nome vem daí) ou entäo era só para dar nome a uma estaçäo de metro, porque aquilo nunca mais está pronto. Enquanto que a estaçäo tem esse nome e funciona. Näo sei. Mas sei que fizeram aquilo para servir a cultura. E o que dizer dos milhöes que o estado comparticipa para as fundaçöes culturais e näo sei quê? Do näo sei quê näo há nada a dizer mas das comparticipaçöes em peças de teatro ou em supostas obras de arte que nem quem as faz percebe, näo me têm parecido um bom investimento. Ou o cinema português, que realmente é uma boa bosta na medida em que só conseguiram produzir um filme bom neste último 2004, que por acaso até nem recebeu subsídio estatal... Balas e bolinhos II POWA! É triste ver isto... É triste ver o dinheiro dos contribuintes a dar umas voltas tristes por teatros, cinemas, anfiteatros, auditórios e festivais e tudo o que tiver palco, sob a forma de péssimas produçöes, que säo supostas obras-de-arte... Para quem ainda näo percebeu: a complexidade exagerada dos argumentos é realmente uma das razöes pelas quais todos esses recintos andam às moscas. Isso e a crise. Claro, a crise, que toca a todos, é tipo Reciclar, mas parece que quem tem é um bocado insensível ao toque... Näo sei.
Desculpem o carácter meio-político deste post, mas tentei que também tivesse piada... Acho que fracassei no segundo. Peço perdäo!
peace
1luv
Okaye. Entäo hoje vou ao ballett... Desde que fui ao primeiro espetáculo que gostei imenso de os ver, especialmente aqueles mais modernos, com altas coreografias e näo sei quë... E porquë? Porque, e para as mentes mais lineares, sim, porque dá para ver as raparigas muitas vezes em trajes menores a contorcerem-se todas, mas para isso, meus caros/as, ia a uma casa de strip e sempre bebia um champagne... Ou näo... Porque o ballett fascina-me... Tanta firmeza e no entanto tanta elegäncia... E faz-me impressäo como conseguem aqueles saltos todos catitas... Se fosse comigo, ou as minhas pernas se separavam e eram projectadas para cada canto da sala ou entäo esmagava-me na aterragem. E as pontas? As minhas unhas até chegavam ao meu estômago só da pressäo exercida sobre ellas... Enfim...
Mas näo foi de ballett que eu vim aqui escrever. É sobre cultura.
Diz-se que a cultura é desprezada pelos governantes. Ora näo posso discordar mais. A cultura é apoiada. Näo säo todos os contemplados, é óbvio que näo podem ser. Mas reparem: fizeram um monstro na Boavista a que chamaram Casa da Música para ser uma casa da música (desconfio que o nome vem daí) ou entäo era só para dar nome a uma estaçäo de metro, porque aquilo nunca mais está pronto. Enquanto que a estaçäo tem esse nome e funciona. Näo sei. Mas sei que fizeram aquilo para servir a cultura. E o que dizer dos milhöes que o estado comparticipa para as fundaçöes culturais e näo sei quê? Do näo sei quê näo há nada a dizer mas das comparticipaçöes em peças de teatro ou em supostas obras de arte que nem quem as faz percebe, näo me têm parecido um bom investimento. Ou o cinema português, que realmente é uma boa bosta na medida em que só conseguiram produzir um filme bom neste último 2004, que por acaso até nem recebeu subsídio estatal... Balas e bolinhos II POWA! É triste ver isto... É triste ver o dinheiro dos contribuintes a dar umas voltas tristes por teatros, cinemas, anfiteatros, auditórios e festivais e tudo o que tiver palco, sob a forma de péssimas produçöes, que säo supostas obras-de-arte... Para quem ainda näo percebeu: a complexidade exagerada dos argumentos é realmente uma das razöes pelas quais todos esses recintos andam às moscas. Isso e a crise. Claro, a crise, que toca a todos, é tipo Reciclar, mas parece que quem tem é um bocado insensível ao toque... Näo sei.
Desculpem o carácter meio-político deste post, mas tentei que também tivesse piada... Acho que fracassei no segundo. Peço perdäo!
peace
1luv